MENSURANDO O IMPACTO DOS SETORES DE PRODUÇÃO NA RENDA PER CAPITA DOS MUNICÍPIOS DE SANTA CATARINA: UMA ANÁLISE ECONOMÉTRICA
DOI:
https://doi.org/10.54805/RCE.2527-1180.v6.n1.128Palavras-chave:
Setores de Produção, renda per capita, Regressão de dados em painel, EconometriaResumo
O objetivo desse estudo consiste em mensurar por meio de modelos de regressão de dados em painel, o grau de associação entre o valor adicionado bruto setorial (VAB) e a renda per capita. Para isso, foi conduzida uma pesquisa com os 295 municípios do Estado de Santa Catarina no período 2010-2014. Como método, optou-se pelo desenvolvimento de modelos de regressão de dados em painel (pooled, within, random), para a verificação do grau de associação entre as variáveis PIB per capita (variável dependente), indústria, serviços e agropecuária (variáveis independentes). Os dados referentes as séries VAB e renda per capita foram obtidos por meio do banco de dados da Secretaria de Estado do desenvolvimento econômico sustentável de Santa Catarina (SEDES). Os resultados obtidos apontam para relevância do setor industrial no que tange à geração de riqueza nos municípios analisados, haja visto que, dos três setores analisados, foi o único que apresentou efeitos positivos em relação à variável resposta (renda per capita). Os setores agropecuário e de serviços apresentaram efeitos negativos estatisticamente significantes. Verificou-se também, por meio de testes econométricos, que o modelo de efeitos fixos é mais eficiente para o proposito definido quando comparado aos outros. A principal contribuição desta pesquisa consiste no uso do modelo de dados em painel para estimar parâmetros em agregados de PIB de um estado da federação (SC). Além disso, o artigo foi redigido com a ferramenta R markdown (RStudio), que permite que os códigos R sejam incorporados ao texto. Dessa forma, a pesquisa também pode ser utilizada como tutorial de regressão em R.
Downloads
Referências
BALTAGI, H. Econometric Analysis of Panel Data. England, John Wiley & Sons Ltd. 2005.
BATTISTI, D. E.; SMOLSKI, F. M. S. Software R: curso avançado. Universidade Federal da Fronteira Sul – Serro Largo. 2019.
BAUMOL, W. J. Macroeconomics of Unbalanced Growth: the anatomy of urban crisis. The American Economic Review, vol. 57, n. 3, pp.415-426. 1967.
BERKUM, S. V.; MEIJL, H. V. The application of trade and growth theories to agriculture: a survey. Australian Journal of Agricultural & Resource Economics, 44(4): 505–542. 2000.
BRESSER-PEREIRA, L. C. Reflexões sobre o Novo Desenvolvimentismo e o Desenvolvimentismo Clássico. Revista de Economia Política, vol. 36, nº 2 (143), pp. 237-265. 2016.
BREUSCH, T. S. Testing for autocorrelation in dynamic linear models. Australian Economic Papers 17 (31): 334–55. 1978.
CHENERY, H. B. Structural Change and Development Policy, New York: Oxford University Press. 1979.
CLARK, C. The conditions of economic progress. London: MacMillan Co. Ltd. 1940.
COHEN, M. M.; AVILA, C. O.; OLIVEIRA, N. M. Localización y especialización productiva: el caso de las trece ciudades principales en colombia. Revista Brasileira De Gestão E Desenvolvimento Regional, 15(6). 2019.
CUNHA, R.C.C.; ESPINDOLA, C. J. Eficiência produtiva da agropecuária do estado de Santa Catarina e seu novo espraiamento territorial pós-2003. Geografia Ensino & Pesquisa, 25, e38. 2021.
ECS – Eberly College os Science. Applied Regression Analysis. The Pennsylvania State University. 2018.
FIELD, A.; MILES, J.; FIELD, Z. Discovering statistics using R. British Library. ISBN 978-1-4462-0045-2. 2012.
FIESC – Federação das indústrias do estado de Santa Catarina. Santa Catarina em dados. Unidade de política econômica e industrial, diretoria de desenvolvimento institucional e industrial. 2015.
FIGUEIREDO, M. G. Relação econômica dos setores agrícolas do Estado do Mato Grosso com os demais setores pertencentes tanto ao Estado quanto ao restante do Brasil. Rev. Econ. Social. Rural: v. 43, n. 3, p. 557 – 575. 2005.
FILELLINI, A. Contabilidade Social: resumo da teoria, exercícios programados. 2ª ed. São Paulo: Atlas. 1994.
FISHER, A. G. B. Production, Primary, Secondary and Tertiary. Economic Record, v. 15, n. 1, pp.24-38. 1939.
FORD, C. Statistical Research Consultant: Understanding Q-Q Plots. University of Virginia Library. 2015.
GALA. P.; ROCHA. I.; MAGALHO. G. A. Vingança dos estruturalistas: Complexidade econômica como uma dimensão importante para avaliar crescimento e desenvolvimento. Brazilian Journal of Political Economy, vol. 38, nº 2 (151), pp. 219-236. 2018.
GRIER, K. B.; TULLOCK, G. An Empirical Analysis of Cross-National Economic Growth, 1951-1980. Journal of Monetary Economics, 24, 259-276. https://doi.org/10.1016/0304-3932(89)90006-8. 1989.
GUJARATI, D. N.; PORTER, D. C. Econometria básica. 5. ed. Porto Alegre: AMGH, 2011. 924p. 2011.
HAUSMAN, J. A. Specification tests in econometrics. Econometrica: Journal of the econometric society, 1251–71. 1978.
HIDALGO, C. A.; HAUSMANN, R. The building blocks of economic complexity. Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America, 106(26), 10570 - 10575. 2009.
HIRSCHMAN, A. O. The Strategy of Economic development, New Haven, Conn: Yale UniversityPress. 1958.
KALDOR, N. Causes of the slow rate of economic growth of the United Kingdom: an inaugural lecture, 36(2), 222-222. 1966.
KIM, B. Statistical Consulting Associate: Understanding Diagnostic Plots for Linear Regression Analysis. University of Virginia Library. 2015.
KUZNETS, S. Quantitative Aspects of the Economic Growth of Nations. Economic development and cultural change, Chicago-IL, v. 11, n. 2, p. 1-80. 1957.
LEWIS, W. A. Economic Development with Unlimited Supplies of Labour. The Manchester School, 22, 139-191. 1954.
MADDALA, G. S. Introduction to Econometrics. Chichester: John Wiley and Sons Ltd. 2001.
MESQUITA, F.; FERNANDES, A. A. T.; FIGUEIREDO-FILHO, D. B. Uma introdução à regressão com dados de painel. Revista Política Hoje. Volume 29, nº 1. 2020.
NURKSE, R. Problems of Capital Formation in Underdeveloped Countries, Oxford, Ox-ford University Press. 1953.
OCDE - Organization for Economic Co-operation and Development. (2005). Promoting innovation in services. Paris: OECD, Directorate for Science, Technology and Industry, oct.
PALMA, J. G. Four sources of deindustrialization and a new concept of the Dutch disease. In: Ocampo, J.A. (ed.) Beyond Reforms. Palo Alto (CA): Stanford University Press. 2005.
PIEPER, U. Deindustrialization and the social and Economic Sustainability Nexus in Developing Countries: Cross-Country Evidence on Productivity and Employment. Center for Economic Policy Analysis Working Paper, 10, 1-47. 1998.
ROSENSTEIN-RODAN, P. Problems of Industrialization of Eastern and Southeastern Europe, Economic Journal, 53(210/1) 202-11. 1943.
SEDES – Secretária de Estado do Desenvolvimento Econômico Sustentável. (2020). PIB 2020: Santa Catarina supera a média nacional e economia avança.
TACOLI, C. Rural-urban interactions: a guide to the literature. Environment & Urbanization Journal, Londres-UK, v. 10, n. 1, p. 147-166. 1998.
UNCTAD - United Nations Conference on Trade and Development. The role of the services economy and trade in structural transformation and inclusive development. Trade and Development Commission. Geneva, 18–20. 2017.
VELOSO, F.; MATOS, S.; FERREIRA, P. C.; COELHO, B. O Brasil em Comparações Internacionais de Produtividade: Uma Análise Setorial. Rede de Pesquisa - Papers [208]. RP / PPA - Paper [1]. 2017.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Ao submeter um artigo, os autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação. Os autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.